– Diz quem sacha a terra com verdade e quem aduba a verdade na terra.
Chegou o meio do ano e nem o vimos passar. Chegou o meio do ano, e nem o quisemos ver passar. Não demos pelo grande autocarro numero seis, nem não demos sinal para parar. O tempo é como um rio, e nunca tocas na mesma água duas vezes. Assim como o meio do ano de seu nome junho: haverá sempre mais junhos, mas serão sempre diferentes do junho que te abraça hoje.
Se há coisa que nos deixa com palpitações no coração, são os ricos frutos de junho. Há qualquer coisa tropical e maravilhosa neste mês que traz beleza e doçura ao nosso dia-a-dia: é nos sumos, nas papas de aveia, nos snacks entre refeições e nas sangrias de fim de semana.
O sol de junho, amadura tudo.
Junho a colher e a semear na horta:
– é tempo de colher as alfaces de verão, que vêm crocantes, cheias de cor e vivacidade – perfeito para semear a próxima colheita;
– colher os alhos que deram para o ano inteiro e os aipos;
– ainda podes plantar batatas, pimento, abóboras, cebolas, .
Já vai tarde para plantar tomate, mas para os mais aventureiros desafiamo-vos a jogar à paciência e pode ser que consigam colher tomates em setembro.
Junho a colher no pomar:
– colher ameixa, cereja, nêspera, morangos (ainda), meloa e melão, framboesa e mirtilo – esperar pacientemente pela melancia se houver bom tempo.
Junho a colher e a semear no jardim:
– ainda se colhem cravos e rosas;
– é tempo de semear gipsófilas, goivos, rosas, begónias, amores-perfeitos, girassóis, cravos, capuchinhas e calêndulas.
Junho é duro. É preciso mondar (limpar), regar e alimentar frequentemente as plantas. Há dias um amigo nosso que faz do quintal o seu passatempo, reparou no repentino surgimento das ervas daninhas que tanto destroem as nossas hortas. Por muito desgostoso que seja, é preciso continuar a remover as ervas daninhas que teimam em aparecer, para o bem da vossa horta.
Dicas para fertilizar:
Dedicação e paciência são dos principais ingredientes quando decides ter a tua horta em casa. Além disso, quando decides plantar os teus próprios alimentos, faz sentido fugir aos fertilizantes industriais que tão mal fazem à nossa saúde. Para adubar o solo e reduzir a aplicação de químicos, podemos aproveitar os resíduos orgânicos que produzimos em casa:
– Borras de café: deixar secar, e aplicar nos vasos e nos solos para fertilizar plantas que gostam do solo mais ácido.
– Cascas de ovo: depois de secas ao ar, triturar em pó e espalhar pela horta para aumentar o pH do solo, adicionar cálcio e magnésio e melhorar a infiltração de água no solo.
– Cinzas de madeira: envolver as cinzas no solo não alcalino. Fornece potássio e carbonato de cálcio às plantas.
– Estrume: fornece nitrogénio ao solo e às plantas. Para conservar e utilizar, misturar com o solo para não perder as propriedades e os nutrientes.
– Relva e folhas: enche o solo de nitrogénio. Não utilizar se estiverem húmidas ou muito verdes, porque tornam o solo ácido pela adição de amónio.
– Vinagre: adiciona 4 litros de água a 1 colher de sopa de vinagre e rega as plantas de 3 em 3 meses para melhorar a acidez do solo. O ácido acético do vinagre alegra as plantas que gostam de acidez.
– Pele de Prata: a concentração de cafeína nestas cascas de café, dá um boost ao desenvolvimento das plantas no solo. Esta é uma novidade à qual podem ter acesso no catálogo da arroba e meia.
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Uma arroba e meia de amor.